Durante um ciclo de notícias urgentes ou situações de crise, controlar informações enganosas pode ser um desafio. Rumores e especulações podem superar os fatos, uma vez que os meios de comunicação legítimos podem ainda estar investigando o ocorrido. Ao mesmo tempo, agentes mal-intencionados publicam conteúdo em fóruns e mídias sociais com o objetivo de enganar e chamar a atenção das pessoas que correm para encontrar informações confiáveis on-line.
Para reduzir a visibilidade deste tipo de conteúdo, melhoramos nossos sistemas para colocar mais ênfase em resultados confiáveis no lugar de fatores como novidade ou relevância. Isso se baseia nas melhorias de qualidade de pesquisa que
anunciamos no ano passado. No momento, teremos esse recurso apenas nos EUA, mas iremos lançá-lo globalmente.
Existem desafios comparáveis no YouTube e a plataforma está aprendendo e adaptando o trabalho realizado na Busca. O YouTube agora destaca o conteúdo relevante de fontes de notícias verificadas em uma seção "Últimas Notícias" em sua página inicial e em uma seção "Notícias Principais" nos resultados de pesquisa.
Colaborando com a indústria para exibir informações precisas
Dar aos publishers a capacidade de estruturar melhor seus dados ou incorporar sinais de qualidade pode ajudar plataformas como o Google a reconhecer mais facilmente o conteúdo de qualidade. É por isso que estamos envolvidos no
Trust Project, que desenvolveu
oito indicadores de confiança que os publishers podem usar para transmitir melhor o porquê seu conteúdo deve ser visto como credível.
Há provas de que a aplicação desses indicadores ajuda a construir a confiança e contesta o impacto negativo da desinformação. Por exemplo, depois que o
Trinity Mirror no Reino Unido implementou o Trust Project, a confiança do consumidor no jornal aumentou 8%.
Com base nesse trabalho, estamos em parceria com a
Credibility Coalition para impulsionar o desenvolvimento de marcadores técnicos que podem auxiliar na identificação de jornalismo de alta qualidade. Em parceria com o
recém-criado grupo de comunidade do World Wide Web Consortium (W3C), a Credibility Coalition lançará em breve novos dados de treinamento para plataformas para análise e teste.
Em 2016, introduzimos
tags de verificação de fatos no Google News para ajudar as pessoas a entenderem em que estão clicando e lendo. Desde então, expandimos para outros produtos como a
Busca do Google. Hoje lançamos a parceria com a
National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine para focar na integridade e precisão das informações de saúde encontradas na web. A equipe de saúde do
New York Times e o
Memorial Sloan Kettering Cancer Center também começarão a usar a marca de verificação de fatos.
A partir de 2 de abril,
Dia Internacional de Verificação de Fatos,-a iniciativa do Google News, juntamente com a
International Fact Check Network, oferecerá treinamentos avançados para mais de 20 mil estudantes e jornalistas profissionais em todo o mundo para auxiliá-los a distinguir informações erradas online.
Muitos países realizarão eleições em 2018, incluindo México, Brasil, Indonésia e EUA. Como parte do nosso trabalho de eleição no Google para combater a
desinformação durante os ciclos eleitorais e além, estamos oferecendo apoio a nosso parceiro
First Draft no lançamento do "Disinfo Lab". Baseado em Harvard, o laboratório empregará ferramentas computacionais e supervisão editorial que acompanharão a desinformação no período pré e durante as eleições.
Além disso, queremos apoiar a comunidade de pesquisa global em seus esforços para formar novos modelos para detectar arquivos de voz e vídeo sintéticos, gerados por computador. Em breve, lançaremos conjuntos de dados que podem ser usados para treinar esses modelos para detectar conteúdo de áudio sintetizado e disponibilizá-los para comunidades de jornalismo e pesquisa.
Ajudando jovens a distinguir conteúdo de qualidade online
A alfabetização mediática surgiu como uma das questões mais importantes da nossa era digital. Em um
estudo do
Stanford History Education Group, 93% dos estudantes universitários não conseguiram sinalizar o site de um lobista como tendencioso e 82% dos estudantes do ensino médio não conseguiram distinguir conteúdo patrocinado de notícias reais.
Já apoiamos programas de alfabetização em mídia no
Reino Unido, Brasil e
Canadá, mas há mais que podemos fazer. Então, hoje, lançamos uma iniciativa global de US$ 10 milhões do Google.org para encontrar maneiras de enfrentar o desafio.
O primeiro projeto neste esforço global é MediaWise, uma parceria baseada nos Estados Unidos que reúne
Instituto Poynter,
Stanford University Education Group e
Local Media Association. Com o apoio de US$ 3 milhões do Google.org, o MediaWise é um projeto de alfabetização mediática projetado para ajudar milhões de jovens nos Estados Unidos a discernir o fato da ficção online, através da educação em sala de aula e vídeo, com ajuda de diversos YouTubers favoritos dos adolescentes.
As pessoas precisam de um jornalismo com o qual podem contar. Mas será preciso colaboração e trabalho com parceiros em um amplo espectro para fornecer boas soluções para o problema da desinformação e ajudar a construir um mundo mais informado.
Postado por Richard Gringas, Vice Presidente de Notícias do Google