A luta contra o desmatamento ilegal com TensorFlow
22 março, 2018
Nota do editor: Rainforest Connection está usando a tecnologia para proteger as florestas. O fundador e CEO, Topher White, compartilha como o TensorFlow, plataforma de aprendizado de máquina de código aberto do Google, ajuda em seus esforços.
Para mim, que cresci nos anos 80 e 90, a frase “Salve as Florestas” foi uma diretiva que mal progrediu com o passar dos anos. O apelo era claro, mas a ameaça era abstrata e distante. E a solução (se havia uma) parecia complexa para ser compreendida. Desde então, outras preocupações -- até mais difíceis de entender em seus imediatismos e alcances -- chegaram para dominar nossos debates, a mudança climática, por exemplo.
Tantos de nós acreditamos que a tecnologia tem um papel crucial na luta contra a mudança climática, mas poucos têm o conhecimento de que “Salvar as Florestas” e lutar contra a mudança climática são as mesmas ações. Pelos números, a destruição de florestas responde por quase 1/5 de todas as emissões de gás do efeito estufa a cada ano. Na floresta tropical, o desmatamento acelerou com a exploração madeireira excessiva -- 90% é ilegal e feita por baixo dos panos.
Parar a extração ilegal de madeira e proteger as florestas tropicais do mundo pode ser a maneira mais rápida e barata para a humanidade desacelerar a mudança climática. E quem são as pessoas mais adequadas para proteger a floresta tropical? Os moradores e as comunidades indígenas que vivem lá há gerações.
O Rainforest Connection é um grupo de engenheiros e desenvolvedores focados em construir tecnologia para ajudar os moradores -- como a comunidade Tembé, na Amazônia Central -- a defenderem suas terras e, no processo, protegerem o resto da humanidade dos efeitos da mudança climática. O Chefe Naldo Tembé me procurou há alguns anos para encontrar maneiras em que tecnologia pudesse ajudar a impedir que madeireiros ilegais destruíssem suas terras. Juntos, embarcamos em um plano ambicioso para tratar dessa questão, usando celulares reciclados e aprendizado de máquina.
Nossa equipe desenvolveu o primeiro sistema escalável do mundo de um sistema de alerta e detecção, em tempo real, da exploração madeireira e conservação ambiental na floresta tropical. Construir um hardware que sobreviva na floresta é desafiador, mas estamos utilizando o que já está lá: as árvores. Escondemos smartphones modificados alimentados com painéis solares - chamados de dispositivos “Guardiões” - em árvores de áreas ameaçadas, e monitoramos continuamente os sons da floresta, enviando todo o áudio para os nossos servidores baseados na nuvem pela rede telefônica local.
Uma vez que o áudio está na nuvem, usamos o TensorFlow, plataforma de aprendizado de máquina do Google, para analisar todos os dados auditivos em tempo real e ouvir motosserras, registrar caminhões e outros sons de atividades ilegais que possam nos ajudar a identificar problemas na floresta. O áudio é alimentado constantemente de todos os telefones, 24 horas por dia, todos os dias, e o risco de perdermos algumas dessas detecções são altos.
É por isso que usamos o TensorFlow, pela sua capacidade de analisar todas as camadas do nosso processo de detecção de dados. A versatilidade da estrutura de aprendizado de máquina nos permite usar uma ampla gama de técnicas de inteligência artificial com o deep learning em uma plataforma unificada. Isso nos permite ajustar nossas entradas de áudio e melhorar a qualidade da detecção. Sem a ajuda do aprendizado de máquina, esse processo seria impossível. Ao combater o desmatamento, cada melhoria pode significar mais uma árvore salva.
O próximo passo será envolver aqueles que vão herdar o planeta: as crianças. Hoje, estamos lançando o programa “Guardiões do Planeta”, com centenas de estudantes de programas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática de Los Angeles. Esses estudantes vão conversar com os moradores da comunidade Tembé pelo Google Hangouts e desenvolver seus próprios dispositivos “guardiões” para serem enviados para a Amazônia. Esperamos que esses dispositivos protejam quase 100.000 acres até o ano 2020.
Com a tecnologia, e as possibilidades que o TensorFlow nos abre, o Rainforest Connection continuará fazendo sua parte na luta contra a mudança climática. E programas como o “Guardiões do Planeta” vão garantir que a próxima geração faça parte dessa luta também.
Para mim, que cresci nos anos 80 e 90, a frase “Salve as Florestas” foi uma diretiva que mal progrediu com o passar dos anos. O apelo era claro, mas a ameaça era abstrata e distante. E a solução (se havia uma) parecia complexa para ser compreendida. Desde então, outras preocupações -- até mais difíceis de entender em seus imediatismos e alcances -- chegaram para dominar nossos debates, a mudança climática, por exemplo.
Parar a extração ilegal de madeira e proteger as florestas tropicais do mundo pode ser a maneira mais rápida e barata para a humanidade desacelerar a mudança climática. E quem são as pessoas mais adequadas para proteger a floresta tropical? Os moradores e as comunidades indígenas que vivem lá há gerações.
O Rainforest Connection é um grupo de engenheiros e desenvolvedores focados em construir tecnologia para ajudar os moradores -- como a comunidade Tembé, na Amazônia Central -- a defenderem suas terras e, no processo, protegerem o resto da humanidade dos efeitos da mudança climática. O Chefe Naldo Tembé me procurou há alguns anos para encontrar maneiras em que tecnologia pudesse ajudar a impedir que madeireiros ilegais destruíssem suas terras. Juntos, embarcamos em um plano ambicioso para tratar dessa questão, usando celulares reciclados e aprendizado de máquina.
Nossa equipe desenvolveu o primeiro sistema escalável do mundo de um sistema de alerta e detecção, em tempo real, da exploração madeireira e conservação ambiental na floresta tropical. Construir um hardware que sobreviva na floresta é desafiador, mas estamos utilizando o que já está lá: as árvores. Escondemos smartphones modificados alimentados com painéis solares - chamados de dispositivos “Guardiões” - em árvores de áreas ameaçadas, e monitoramos continuamente os sons da floresta, enviando todo o áudio para os nossos servidores baseados na nuvem pela rede telefônica local.
Uma vez que o áudio está na nuvem, usamos o TensorFlow, plataforma de aprendizado de máquina do Google, para analisar todos os dados auditivos em tempo real e ouvir motosserras, registrar caminhões e outros sons de atividades ilegais que possam nos ajudar a identificar problemas na floresta. O áudio é alimentado constantemente de todos os telefones, 24 horas por dia, todos os dias, e o risco de perdermos algumas dessas detecções são altos.
É por isso que usamos o TensorFlow, pela sua capacidade de analisar todas as camadas do nosso processo de detecção de dados. A versatilidade da estrutura de aprendizado de máquina nos permite usar uma ampla gama de técnicas de inteligência artificial com o deep learning em uma plataforma unificada. Isso nos permite ajustar nossas entradas de áudio e melhorar a qualidade da detecção. Sem a ajuda do aprendizado de máquina, esse processo seria impossível. Ao combater o desmatamento, cada melhoria pode significar mais uma árvore salva.
O próximo passo será envolver aqueles que vão herdar o planeta: as crianças. Hoje, estamos lançando o programa “Guardiões do Planeta”, com centenas de estudantes de programas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática de Los Angeles. Esses estudantes vão conversar com os moradores da comunidade Tembé pelo Google Hangouts e desenvolver seus próprios dispositivos “guardiões” para serem enviados para a Amazônia. Esperamos que esses dispositivos protejam quase 100.000 acres até o ano 2020.
Com a tecnologia, e as possibilidades que o TensorFlow nos abre, o Rainforest Connection continuará fazendo sua parte na luta contra a mudança climática. E programas como o “Guardiões do Planeta” vão garantir que a próxima geração faça parte dessa luta também.
