Desde 1973, quando meus colegas e eu planejamos a tecnologia que possibilitou a criação da internet, nós defendemos um padrão aberto para conectar redes de computadores. Isso não era meramente filosófico, também era prático.
Nossos protocolos foram projetados para tornar as redes de internet não-proprietárias e interoperáveis. Eles rejeitam o "lock-in" e permitem contribuições de diversas fontes. Essa abertura é o motivo pelo qual a internet possui tanto valor hoje. Como é sem fronteiras e pertence a todos, a internet trouxe liberdades sem precedentes para bilhões de pessoas ao redor do mundo: a liberdade para criar e inovar, para organizar e influenciar, para falar e ser ouvido.
A regulamentação da internet, no entanto, está em pauta em uma reunião (site em inglês) a portas fechadas com governantes do mundo que acontece em Dubai. A União Internacional de Telecomunicações (ITU, em inglês) convocou uma conferência entre os dias 3 e 14 de dezembro para rever um tratado (em inglês) criado há décadas, e na qual apenas governantes têm direito a voto. Algumas propostas podem permitir aos governantes justificar a censura a discursos legítimos, ou até mesmo cortar o acesso à internet em seus países.
Você pode ler mais sobre as minhas preocupações no UOL, mas eu não estou sozinho. Até agora, mais de 1.000 organizações de mais de 160 países já se manifestaram sobre esse assunto e se uniram a centenas de milhares de usuários de internet que defendem uma internet livre e aberta. Em um mapa interativo disponível no site freeandopenweb.com, você pode ver que pessoas de todos os cantos do mundo assinaram a nossa petição, usaram a hashtag #freeandopen nas redes sociais, ou criaram e fizeram uploads de vídeos explicando como essas questões são importantes.
Se você também quer dar suporte a uma internet livre e aberta, junte-se a nós assinando a petição em google.com/takeaction. Faça sua voz ser ouvida!