Nesta segunda-feira (7 de outubro) eu tive a chance de ser o palestrante principal do Gartner Symposium ITExpo em Orlando. Aproveitei a oportunidade para refletir sobre como a tecnologia nos negócios evoluiu nos três anos que passaram desde a última vez que subi naquele palco, além de como o compromisso do Google com os clientes corporativos cresceu.
Em 2010, a sugestão para que uma empresa transferisse todos os seus funcionários para a nuvem era recebida com ceticismo. As pessoas confiavam nos seus computadores de mesa e servidores Exchange porque isso foi o que se usou no local de trabalho nas últimas duas décadas. E as poucas empresas que adotaram a nuvem a consideravam apenas um modo mais econômico de continuar a fazer as coisas da mesma maneira. Mas com o passar do tempo, as empresas começaram a reconhecer as vantagens transformativas de trabalhar na nuvem.
Hoje, a transferência para a nuvem não é uma proposta questionável: é simplesmente inevitável. Isso é uma boa notícia para o pessoal de TI, que não precisa mais perder tempo com a manutenção de servidores e a instalação de atualizações. Também é uma boa notícia para os funcionários, já que a nuvem facilita a colaboração e agiliza a realização dos trabalhos. Antes do que quase todo mundo esperava, centenas de grandes empresas já moveram suas operações para a nuvem, abrindo o caminho para milhões de organizações. Veja alguns exemplos recentes:
A Woolworths é a maior varejista da Austrália, com mais de 3 mil lojas e 200 mil funcionários. A empresa mudou para o Google Apps e o Chrome.
A Malásia adotou o Google Apps para 10 milhões de estudantes, professores e pais, além de distribuir Chromebooks nas escolas do país inteiro.
A Whirlpool, proprietária da Maytag e da KitchenAid, anunciou a implementação do Google Apps para ajudar 30 mil funcionários a colaborar e inovar com mais rapidez.
Essas organizações perceberam que a nuvem não é apenas uma maneira mais econômica de manter o status quo, mas também é um jeito de transformar fundamentalmente a administração dos negócios e como as pessoas podem trabalhar em conjunto para obter resultados. Convidar 50 pessoas para colaborar em um documento do Google em tempo real é muito mais eficiente do que enviar anexos para lá e para cá. Mais da metade dos norte-americanos possui smartphones, enquanto as vendas de PC estão em constante declínio. Nas suas vidas pessoais, os funcionários já verificam os e-mails no celular e participam de videochamadas pelo tablet, não importa a hora e o local. Cada vez mais, as pessoas querem trazer esses hábitos para a empresa para que possam trabalhar da mesma maneira que vivem suas vidas.
Empresas como o Google desempenham um papel importante nessa “consumerização de TI.” Mais de 425 milhões de pessoas no mundo todo usam o Gmail e mais de 5 milhões de empresas usam o serviço de e-mail como parte do Google Apps no trabalho. No Google, há milhares de funcionários, uma parte significativa da empresa, que ajudam a criar e dar suporte a esses produtos para os clientes corporativos.
Os verdadeiros beneficiados neste renascimento da TI não são as empresas de tecnologia, mas o resto de nós: empresários, produtores, professores, estudantes e funcionários. Ter o poder de enormes data centers e dispositivos móveis inteligentes na ponta dos dedos deixa mais fácil do que nunca criar, comunicar, aprender e colaborar.
Postado por Eric Schmidt, Executive Chairman do Google