Essa frustração bem conhecida foi um grande foco de minha carreira em redações na época em que atuei como diretora de operações digitais do The Washington Post e diretora de produto digital do Politico’s. Eu me vi trabalhando constantemente para encontrar uma solução para esta questão: como os repórteres podem concentrar mais tempo em seus pontos fortes: encontrar, reportar e escrever boas histórias?
Nossa equipe no Google passou os últimos dois anos trabalhando em colaboração com redações para ajudar a resolver esse problema. Como seria se colocássemos o melhor do mecanismo de busca, inteligência artificial (IA) e tecnologia de aprendizado de máquina do Google nas mãos dos repórteres?
Hoje estamos anunciando o
Journalist Studio – um conjunto de ferramentas que usam tecnologia para ajudar repórteres a fazer seu trabalho com mais eficiência, segurança e criatividade – e dois novos produtos para repórteres.
A primeira ferramenta é a Pinpoint: ela ajuda jornalistas a examinar rapidamente centenas de milhares de documentos, identificando e organizando automaticamente as pessoas, organizações e locais mencionados com mais frequência. Em vez de pedir aos usuários que pressionem "Ctrl + F" diversas vezes, a ferramenta auxilia o trabalho de reportagem com o uso da Busca do Google e o
Painel de informações,
reconhecimento óptico de caracteres e tecnologias de fala para texto para pesquisar PDFs digitalizados, imagens, notas manuscritas, e-mails e arquivos de áudio.
Os repórteres podem pesquisar documentos na Pinpoint, a qual destaca termos buscados e seus sinônimos
A ferramenta já se provou útil em reportagens investigativas como a feita pelo USA TODAY sobre as 40.600
mortes relacionadas a COVID-19 e vinculadas a casas de repouso para idosos; e o material do Reveal sobre o
"desastre da testagem" do COVID-19 nos centros de detenção de estrangeiros americanos, bem como um artigo do Washington Post sobre a
crise de opioides. A velocidade da Pinpoint também ajudou os repórteres em matérias mais curtas, como a
análise do Rappler, das Filipinas, dos relatórios da CIA da década de 1970; e também notícias urgentes como a
verificação de fatos feito pelo Verificado MX, do México, das atualizações diárias do governo local sobre a pandemia.
A segunda ferramenta que estamos lançando é uma prévia da versão beta do
The Common Knowledge Project, uma nova maneira de jornalistas explorarem, visualizarem e compartilharem dados sobre questões importantes em suas comunidades locais. Os repórteres podem criar seus próprios gráficos interativos a partir de milhares de dados em minutos, incorporá-los em matérias e compartilhá-los nas redes sociais.
Um exemplo de visualização de dados do Projeto de Conhecimento Comum comparando o número de pessoas de certas idades em duas cidades diferentes.
O Common Knowledge Project é desenvolvido pela
Polygraph, uma equipe premiada de jornalismo visual, que tem apoio da Google News Initiative. Os dados vêm do
Data Commons, que compila e reúne milhares de bases de dados públicas de organizações, incluindo o
Censo e os
Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Atualmente, a ferramenta inclui dados dos EUA sobre questões como demografia, economia, habitação, educação e criminalidade. Há recursos que você gostaria de ver? Conte para o Polygraph por meio do formulário de feedback na ferramenta.
O jornalismo de qualidade é fundamental para nossas sociedades. Ao lançar essas ferramentas, esperamos continuar usando o melhor do Google para apoiar esse trabalho importante.
Postado por Megan H. Chan, News Ecosystem Product Marketing Lead